A bold
& daring
creative
journey
O livro que revela o universo exuberante e pioneiro de Sig Bergamin, em sua primeira grande obra impressa.
Se você quer entender quem é Sig Bergamin, abra este livro. Não como quem folheia páginas, mas como quem entre em cena. SIG, lançado em 1997, é mais do que uma coletânea de projetos —é um manifesto visual de um espírito livre, barroco, pop, latino, intelectual, viajado, debochado e
absolutamente único.
Em 2018 EN, Sig deu um passo significativo em sua carreira ao lançar o livro “MAXIMALISM” pela editora Assouline, sua estreia no cenário literário internacional. Foi um grande marco na sua carreira e um sucesso absoluto de vendas,
O estilo ousado de Sig Bergamin, arquiteto e designer, é evidente em seu trabalho autodenominado "maximalista", Bergamin mescla móveis franceses e italianos dos séculos XVIII e XIX com peças modernas da América do Norte e do Sul. Em sua casa em São Paulo, ele troca almofadas, capas e abajures de acordo com a estação. Ele dedica a mesma atenção a cada casa de cliente, criando uma unidade distinta.
“A obra de arte é um produto da neutralidade contextual do estúdio e ainda quando apresentada em um museu ou galeria ela está invariavelmente desvinculada de qualquer vestígio de convívio ou contexto pessoal, ou seja, a obra do artista, até sair da galeria não pertence a ninguém senão a um proprietário genérico, imaginário. É sempre uma surpresa para um artista se deparar com uma de suas obras cercada de outros objetos, vasos, mobília, luminárias, paredes com cores, revestimentos estampados, cortinas e outras obras de arte. A obra de arte como parte, assume um outro papel; o de dialogar com a vida e o espaço do proprietário. O grande teste da arte é o de sobreviver a abundância visual de seu entorno com equilíbrio e dignidade, preservando a sua essência sem imposição ao ambiente.
A arte tem que ser uma parte importante do espaço, sabendo ser apenas parte. Eu sempre imaginei meus trabalhos em contextos desafiantes, complexos pois isso me ajuda a dosar a energia visual que eu procuro injetar em meus trabalhos. Eu acredito que essa coragem de trabalhar com um máximo de vetores sensoriais simultaneamente reflete um pouco o período neobarroco que o excesso de informação nos imprime
Não é a toa que tantas obras minhas acabaram em trabalhos do Sig. Muitas vezes eu vejo na complexidade e no ecletismo dos projetos do Sig, uma espécie de extensão da linguagem que eu procuro organizar através do meu trabalho.
Seus interiores refletem uma infinidade de referencias e de informação do mundo exterior, mas organizadas instintivamente afim de se tornar uma espécie de interface estética entre estes dois mundos. Se o jardim é uma conversa entre a razão humana e a floresta, os interiores do Sig são um dialogo entre o conforto do abrigo e o rico e caótico mundo lá fora, como viajar para lugares distantes e exóticos sem ter que sair do lugar. Somente uma pessoa tão interessada no mundo como um todo seria capaz de imaginar o espaço físico que a intimidade realmente carece. O trabalho do Sig reflete esta infinidade de coisas a serem compreendidas, vividas ou devoradas, esta curiosidade imensa e despida de preconceitos, e é com esta generosidade de referencias que ele constrói seu próprio universo, intimamente, um aposento a cada vez.”
By Vik Muniz